Convento da Penha

O Convento da Penha é um dos santuário mais antigos do Brasil, fundado por Frei Pedro Palácio no ano de 1558, na cidade de Vila Velha, Espirito Santo.

Conta uma famosa lenda que o Frei Pedro Palácios morava numa gruta que fica aos pés da ladeira do convento e possuía um quadro de Nossa Senhora da Penha. Esse quadro desapareceu três vezes, e as três vezes o mesmo quadro foi encontrado no alto do morro onde foi construído o convento.

Num penhasco que ostenta no seu entorno imponente fragmento da mata atlântica, está edificado o Santuário de Nossa Senhora da Penha, fundado por Frei Pedro Palácios que aqui chegou em 1558, trazendo consigo o Painel de Nossa Senhora das Alegrias.

O monumento arquitetônico, peculiar na singeleza e sobriedade, apresenta em sua trajetória histórica muitas reconstruções como a excepcional concepção arquitetônica do Convento, inscrustado na rocha do morro, abrindo as janelas de suas celas para o magnífico panorama da barra de Vitória e do oceano Atlântico.

No seu início, Frei Pedro Palácios encontrou abrigo numa gruta de pedra, atualmente denominada Gruta de Frei Pedro Palácios, que tem ao lado o oratório de construção anterior a sua chegado ao Espírito Santo, que abriga uma réplica do Painel de Nossa Senhora das Alegrias.

Em 1562, construiu uma Capela dedicada a São Francisco de Assis, no local hoje denominado largo do Convento (Campinho), e em 1568, foi edificada, no cume do penhasco, a Capela que recebeu a imagem de Nossa Senhora da Penha, vinda de Portugal em 1569.

A Capela de Nossa Senhora da Penha sofreu várias ampliações, e anexo, foi construído, em várias etapas, o Convento da Penha, juntamente com o prédio do museu que é a histórica ex-“Casa dos Romeiros”; residência de hóspedes e as ruínas das antigas senzalas, cuja pedra fundamental data de 1650.

Edificado no cume do penhasco, de 154 metros de altitude, e localização privilegiada, a 500 metros do mar e no centro da cidade de Vila Velha. Oferece aos visitantes a mais bela vista panorâmica de parte das cidades da Grande Vitória, além do esplendor do pôr-do-sol.

No interior do Convento, o espaço mais expressivo é o da Igreja com sua preciosa Capela-Mor. O interior da igreja é revestido, parcialmente com madeira em cedro, entalhada com motivos fitomorfos, executada pelo escultor português José Fernandes Pereira, nos anos de 1874 a 1879, inclusive o assoalho com trabalho de marchetaria que no ano de 1980 foi reformado.

O Altar Mor da Igreja, executado em mármore, foi remodelado em 1910. Possui cuidadosa talha de madeira dourada do escultor italiano Carlo Crepaz, adotando a caligrafia de ornamental do ecletismo pontuada por capitéis, coríntios, festões, guirlandas com elementos vegetalistas, medalhões, anjos e frontão, datando do século XIX.

No centro do retábulo, o nicho de Nossa Senhora, que abriga a Imagem da Virgem da Penha, de origem portuguesa, de 1569. A imagem é ladeada por anjos e querubins e honrada com as imagens dos maiores santos franciscanos: São Francisco de Assis e Santo Antônio de Lisboa e de Pádua.

Enobrecem as paredes da capela as primorosas obras paisagísticas do Convento da Penha, realizadas por Vitor Meireles, encomendadas por Frei João Costa, entregues em 1877, e as obras sacras de Pedrina Calixto, que assinou as mesmas nos anos de 1926 a 1927.

Este santuário testemunha, desde os primórdios do povoamento da terra capixaba, a trajetória histórica evangelizadora dos religiosos da Ordem dos Frades Menores da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e, também, a devoção a Nossa Senhora da Penha, padroeira do Estado do Espírito Santo, que ultrapassa as barreiras do Estado, pois milhares de romeiros e devotos chegam ao Santuário para visita-lo, render graças e apresentar suas homenagens e pedidos